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sábado, maio 15, 2010

dezanove : novo site de informação LGBT em Portugal

dezanove.pt, notícias e cultura LGBT em português

Está lançado o portal de notícias e eventos que reflecte o dia-a-dia da temática LGBT em Portugal e no mundo, de forma objectiva e sem preconceitos, destinado a tod@s que gostem de estar em cima do acontecimento.

Dezanove é o número do artigo da Declaração Universal de Direitos Humanos que diz que todo o ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão, mas também de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

Visita-nos em www.dezanove.pt
E segue-nos no Facebook e no twitter.com/dezanovePT



domingo, fevereiro 17, 2008

"Educação Sexual, mas Inclusiva" relembrada no Dia dos Namorados

Comunicado: Educação Sexual, mas Inclusiva

No dia de S. Valentim a rede ex aequo relembra que os namorados do mesmo sexo também devem ser obrigatoriamente referidos na Educação Sexual

14 de Fevereiro de 2008

No dia em que se comemora o amor entre namorados, a rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes, escreve à Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e à equipa do Grupo de Trabalho para a Educação Sexual (GTES), coordenada pelo Professor Daniel Sampaio, a relembrar que também existem namorados do mesmo sexo e que os jovens homo ou bissexuais perfazem, estima-se, pelo menos 10% da população estudantil.

No Relatório Final do GTES apresentado em 2007, a respeito do programa da cadeira de Educação Sexual, verificamos que não são mencionadas directamente as necessidades e características específicas dos jovens homossexuais ou bissexuais, incluindo as práticas seguras entre pessoas do mesmo sexo, nem é referida a obrigatoriedade de se falar da existência de diferentes orientações sexuais, tais como a homossexualidade e a bissexualidade, para além da heterossexualidade, sendo estas mesmas questões deixadas ao critério dos professores e ao interesse dos alunos, em geral.

Consideramos que esta proposta não é suficientemente inclusiva e abrangente e que inviabiliza a concretização plena dos objectivos da educação sexual, porque a mesma não chega garantidamente a todos/as. A mesma assenta assim na desresponsabilização, o que constitui um forte entrave à seriedade e profissionalismo com que estes assuntos necessitam de ser abordados.

Não nos parece razoável deixar-se ao critério dos professores e ao interesse dos alunos, em geral, a abordagem deste assunto que é de tão extrema importância para a formação do indivíduo (afinal falamos de valores também como o respeito e a liberdade individual), quando sabemos que a sua abordagem é, ainda, desconfortável para muitos adultos. Estamos em crer, de igual modo, que dificilmente um adolescente que se questiona sobre a sua orientação sexual revelará interesse sobre estas questões em público, com receio da discriminação, assim como nos parece menos provável que um adolescente que não atravesse estas dúvidas se interesse pelo tema, pelo menos de modo significativo ou suficientemente frequente para que este seja abordado sempre e de modo completo, como deve ser para que nenhum aluno seja excluído de informação pertinente para a sua realidade.

Acreditamos também ser de seminal pertinência, numa sociedade que se quer progressivamente livre de violência e em que todos vivam uma sexualidade saudável, plena e segura, a abordagem dos temas já referidos, num contexto seguro, supervisionado por um adulto com formação. Afinal, cabe a todos a responsabilidade de formar contra o preconceito e a favor da diversidade, por uma sociedade mais justa e melhor informada.

Queremos, para Portugal, uma educação sexual sem excepções, sem lacunas, sem omissões e com responsabilidade e, portanto, cremos ser imperativo que todos os estudantes, de todas as orientações sexuais, devam e tenham o direito de ser objectivamente contemplados nos planos de acção definidos neste Relatório.

O sistema educativo não cumprirá a sua função primordial enquanto os jovens homossexuais ou bissexuais não forem, também eles, plenamente incluídos na sociedade a que pertencem, continuarem a ser negligenciados e a não verem os seus direitos fundamentais assegurados, tal como o direito a uma educação abrangente e correcta.

A Direcção da rede ex aequo

Carta para a Ministra de Educação e para o Grupo de Trabalho para a Educação Sexual:
http://ex-aequo.web.pt/arquivo/carta_ME_GTES_14Fev08.pdf

sábado, maio 12, 2007

Workshop Trans Formação - 02/06 às 16h00 no Porto

Nota: O workshop estava inicialmente planeada para dia 5 de Maio, mas será realizada dia 2 de Junho.
No Portugal de hoje, as pessoas transsexuais – pessoas que sentem que a sua identidade de género não coincide com o papel de género que lhes foi atribuído ao nascimento – vivem problemáticas sociais, legais e clínicas que representam um desafio pessoal considerável, e que, muitas vezes, lhes afecta o dia-a-dia de maneira profunda. Sentindo-se incompreendido e negligenciadas pela sociedade à sua volta, são também, muitas vezes, ainda desconhecidas para o próprio movimento LGBT. Tanto as suas necessidades e reivindicações, como o que é a própria transsexualidade, ainda permanecem por explorar no panorama do activismo português.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a população transsexual tem mais um desafio que o resto das comunidades LGBT – para além das suas problemáticas sociais, ainda não alcançou um lugar definitivo no associativismo português.
Com o objectivo de dar visibilidade a esta temática dupla, o GRIP – Grupo de Reflexão e Intervenção do Porto da Associação ILGA Portugal – e a rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes irão organizar um “workshop” subordinada ao tema Perspectivar a Transsexualidade no Activismo LGBT, a ter lugar na cidade do Porto, e que estará aberta aos movimentos associativos de todo o país. Serão abordadas as diferentes percepções da transsexualidade, o percurso histórico da comunidade, estereótipos e preconceitos, as problemáticas da vivência transsexual, e as reivindicações legais, clínicas e sociais da comunidade.
Serão intervenientes:
Filipe Tisco (rede ex aequo)
Luísa Reis (GRIP)
A moderação ficará a cargo de Telmo Fernandes (GRIP)
O “workshop” terá lugar no dia 2 de Junho, sábado, com início às 16:00h, no espaço Maria Vai com as Outras, na Rua do Almada, nº443, Porto (tel – 22 0167379).
A participação é livre mas é necessária pré-inscrição, até ao dia 31 de Maio, para o endereço grip.ilga@gmail.com, devendo indicar o nome e contacto.
Contamos com a sua presença!

quarta-feira, maio 02, 2007

Jantar de Convívio Bi no Porto

Workshop Trans Formação - 5 de Maio às 14:30 no Porto

No Portugal de hoje, as pessoas transsexuais – pessoas que sentem que a sua identidade de género não coincide com o papel de género que lhes foi atribuído ao nascimento – vivem problemáticas sociais, legais e clínicas que representam um desafio pessoal considerável, e que, muitas vezes, lhes afecta o dia-a-dia de maneira profunda. Sentindo-se incompreendidas e negligenciadas pela sociedade à sua volta, são também, muitas vezes, ainda desconhecidas para o próprio movimento LGBT. Tanto as suas necessidades e reivindicações, como o que é a própria transsexualidade, ainda permanecem por explorar no panorama do activismo português.

Nesse sentido, pode-se afirmar que a população transsexual tem mais um desafio que o resto das comunidades LGBT – para além das suas problemáticas sociais, ainda não alcançou um lugar definitivo no associativismo português.

Com o objectivo de dar visibilidade a esta temática dupla, o GRIP – Grupo de Reflexão e Intervenção do Porto da Associação ILGA Portugal – e a rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes irão organizar uma “workshop” subordinada ao tema Perspectivar a Transsexualidade no Activismo LGBT, a ter lugar na cidade do Porto, e que estará aberta aos movimentos associativos de todo o país. Serão abordadas as diferentes percepções da transsexualidade, o percurso histórico da comunidade, estereótipos e preconceitos, as problemáticas da vivência transsexual, e as reivindicações legais, clínicas e sociais da comunidade.

Serão intervenientes:
Filipe Tisco (rede ex aequo)
Luísa Reis (GRIP)
A moderação ficará a cargo de Telmo Fernandes (GRIP)

O “workshop” terá lugar no sábado, dia 5 de Maio, com início às 14:30h, no espaço Maria Vai com as Outras, na Rua do Almada, nº443, Porto (tel - 22 0167379 ).
A participação é livre mas é necessária pré-inscrição, até ao dia 3 de Maio, para o endereço grip.ilga@gmail.com, devendo indicar o nome e contacto.

Contamos com a sua presença!


--
rede ex aequo
associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes

Website: http://ex-aequo.web.pt
Email: rede@ex-aequo.web.pt
Fórum: http://ex-aequo.web.pt/forum
IRC (PTNet): #ex-aequo

Rua S. Lázaro 88,
1150-333 Lisboa
Portugal


Telefone: (+351) 96 878 18 41

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---------- Forwarded message ----------
From: GRIP ILGA <grip.ilga@gmail.com>
Date: 04/05/2007 18:01
Subject: Workshop Trans Formação adiada
To:

O
GRIP informa que a "workshop" Trans Formação, planeada para amanhã, dia
5 de Maio, será adiada por motivos imprevistos. A "workshop" ir-se-à
realizar a 2 de Junho, no mesmo local (sujeito a confirmação).
Esperando poder continuar a contar convosco nessa altura, apresentamos
as nossas desculpas pela inconveniência, e pedimos que confirmem a
vossa inscrição para a nova data.

--
GRIP - Grupo de Reflexão e Intervenção do Porto
Apartado 4007, EC Municipio, 4000-101 Porto
grip.ilga@gmail.com | http://grip-ilga.blogspot.com
Tlm. 912461591


quinta-feira, abril 26, 2007

6ª formação de coordenadores de grupos locais, Lisboa de 18 a 20 de Maio

logo da rede ex aequo

A rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes irá realizar de 18 a 20 de Maio, em Lisboa, a 6ª formação de coordenadores e candidatos a coordenadores dos grupos locais da associação. A formação decorrerá apenas nos dias 19 e 20 (sábado e domingo). O dia 18 está reservado para a recepção aos formandos de localidades mais distantes
.


O que são os grupos locais da rede ex aequo?

Os grupos locais da rede ex aequo são espaços onde, através da educação não formal, são abordadas temáticas que ainda carecem de conhecimento e entendimento na nossa sociedade ou que estão associadas a tabus, estereótipos e discriminação. Os temas principais das reuniões destes grupos são, entre outros, orientação sexual; identidade de género; infecções sexualmente transmissíveis; relacionamento entre pais e filhos LGBT e vivências dos jovens LGBT.

Actualmente existem grupos em 7 cidades do país (Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Lisboa e Porto), mas os mesmos podem ser criados em qualquer outra cidade (desde que haja o mínimo de 3 candidatos a coordenadores dispostos a frequentar uma formação e que as candidaturas sejam aprovadas pela Direcção da associação).


Porquê ser coordenador?

Um coordenador de um grupo local da rede ex aequo é um voluntário entre os 16 e os 30 anos que após frequentar uma formação sobre questões LGBT e o sobre o que representa um grupo da rede ex aequo, se torna facilitador destas temáticas. Um coordenador trabalha, apoiado num manual, em equipa e em rede e tem a oportunidade de desenvolver espaços onde estes assuntos sejam debatidos de forma regular na sua cidade ou região, diminuindo assim o preconceito associado à temática LGBT, bem como reduzindo o isolamento de muitos jovens. 

Se ainda não existe um grupo de jovens da associação na tua cidade ou região, e se queres ajudar a criar um, a rede ex aequo está interessada em dar-te todo o apoio necessário para fazê-lo. Basta arranjares no mínimo mais 2 pessoas, além de ti, independentemente da orientação sexual, com idades entre os 16 e os 30 anos (1/3 da equipa terá de ter menos de 26 anos).

Convidamos-te a ler os seguintes links para mais informações:
http://www.ex-aequo.web.pt/formacao.html
http://www.ex-aequo.web.pt/arquivo/porque.doc
http://www.ex-aequo.web.pt/arquivo/capitulo4.pdf

Se te quiseres inscrever preenche os seguintes formulários:
http://www.ex-aequo.web.pt/arquivo/form_coordenadores.doc
http://www.ex-aequo.web.pt/arquivo/coordenadores/ficha_form.doc

 

A data limite para a recepção dos formulários é até ao dia 10 de Maio às 21 horas. Envia-os para: rede@ex-aequo.web.pt

A tua inscrição será depois avaliada pela Direcção da associação, que entrará em contacto contigo.

Para mais informações escreve-nos para: rede@ex-aequo.web.pt 


A mudança de mentalidades começa com pequenas acções. Se queres dar o teu contributo para uma sociedade mais esclarecida e menos discriminatória no que respeita a questões de orientação sexual e identidade de género este apelo é para ti! Contamos contigo!

A Direcção da rede ex aequo
=)

--
 rede ex aequo associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes  Website: http://ex-aequo.web.pt Email: rede@ex-aequo.web.pt Fórum: http://ex-aequo.web.pt/forum IRC (PTNet): #ex-aequo  Rua S. Lázaro 88, 1150-333 Lisboa Portugal   Telefone: 96 878 18 41


terça-feira, abril 24, 2007

Reynaldo Gianecchini sobe ao palco do Theatro Circo

O actor brasileiro Reynaldo Gianecchini interpreta a pele de um político na peça “Sua Excelência, o Candidato”.

O famoso actor brasileiro Reynaldo Gianecchini estará na cidade dos Arcebispos nos próximos dias 5 e 6 de Maio para interpretar a peça dramática “Sua Excelência, o Candidato” no Theatro Circo de Braga.A peça é uma comédia política da autoria de Jandira Martini e Marcos Caruso e para o actor é já a segunda representação neste género teatral. Recorde-se que Gianecchini interpretou a conhecida personagem de “Pascoal” na novela “Belíssima”.


Esta comédia apresenta-se pela primeiríssima vez nos palcos portugueses. O intuito da peça, estreada há já 22 anos no Brasil, visa sobretudo desvendar os bastidores da forma de fazer política em terras de Vera Cruz. Desta vez, o galã brasileiro interpretará a personagem do encantador “Orlando”, candidato a um cargo político, cuja amante, apelidada por “Laura” (Lara Córdula) é esposa de Ezequiel (Paulo Coronato), precisamente o chefe político que será responsável pela sua escolha.



Reynaldo Gianecchini explica que a sua interpretação nesta peça está relacionada com o facto de se sentir bem no género comediante. “Trabalhei com directores como José Celso Martinez Corrêa e Gerald Thomas e agora busco algo mais popular”, garante o artista brasileiro. O actor confessa, ainda, que foi “beber inspiração” nas últimas eleições presidenciais no Brasil - altura que coincidiu com a preparação da peça, tentando imitar ao máximo a forma de agir dos políticos.“Todos tentam falar de uma forma articulada, usando muito frases feitas”, salienta Gianecchini, adiantando que na sua interpretação procurou criar uma personagem que “se mete em enrascada sem saber os motivos”.



Gianecchini é licenciado em Direito, mas nunca exerceu. É que das passerelles do mundo da moda desde de Paris a Milão, o actor passou directamente para os palcos, iniciando-se no teatro e seguindo depois para o pequeno ecrã - o local que lhe trouxe uma fama gigantesca, sobretudo depois da interpretação da personagem de “Pascoal”. Os espectáculos terão lugar no dia 5 de Maio às 21h30 e no dia 6 de Maio às 16h00 e às 21h30.Os ingressos para assistir à peça “Sua Excelência, o candidato” e ver de perto o actor brasileiro podem ser adquiridos nas bilheteiras do Thetaro Circo, variando entre os 15, 20 e 25 euros.

Fonte: Correio do Minho

quinta-feira, abril 05, 2007

rede ex aequo cumpre hoje 4º aniversário!


Fundada a 5 de Abril de 2003 a rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes comemora hoje, dia 5 de Abril de 2007, mais um aniversário!

A festa foi há dias no Porto...


Site oficial da rede ex aequo: www.ex-aequo.web.pt




quinta-feira, março 01, 2007

"Casting" para televisão

AUDIÇÃO

"CASTING" para televisão

 5 de Março - 14h30

Espaço Alternativo PT

(Companhia de Teatro de Braga)

 

O "Espaço Alternativo PT", gerido pela Companhia de Teatro de Braga, acolhe segunda-feira (5 de Março) um "casting" para televisão promovido pela "NBP - Nicolau Breyner Produções", empresa produtora de novelas e séries como "Morangos com Açúcar" e "Os Serranos".  A audição – adianta a Assessoria de Comunicação da Companhia de Teatro de Braga – inicia-se às 14h30, naquele mesmo espaço, à Rua Gonçalo Sampaio (ao lado do Theatro Circo). Adianta ainda que serão valorizados os candidatos com experiência em teatro amador e idade a partir dos 20 anos.  Mais informação pode ser obtida através do telefone 253 217 167 (CTB).

 

terça-feira, janeiro 30, 2007

Projecto Educação LGBT – Candidaturas para Oradores em Debates Escolares

O Projecto Educação LGBT é um projecto da rede ex aequo – associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes, actualmente apoiado pelo Instituto Português da Juventude, que teve início em 2005 com o apoio da Fundação Europeia da Juventude do Conselho da Europa, como projecto-piloto no programa de Educação para os Direitos Humanos. O projecto visa uma intervenção educacional através da disseminação de informação sobre os temas da homossexualidade, bissexualidade e transgenderismo entre professores, formadores de professores, professores estagiários, alunos do 3º ciclo do Ensino Básico, do Ensino Secundário e do Ensino Superior. Desde 2006 o projecto extendeu as suas acções para incluirem também como público-alvo pais, para além de professores e funcionários escolares, e a partir de 2007 contará com acções específicas para voluntários e profissionais que trabalhem com jovens.

O projecto pretende fazer frente à desinformação e discriminação ainda vigente no campo da Educação em Portugal em relação a estes temas, que resultam na transmissão de informação incorrecta, preconceituosa e estereotipada, assim como num ambiente negativo para o dia-a-dia dos jovens LGBT ou com dúvidas, quer em casa ou na rua, mas especialmente no espaço escolar. O impacto deste tipo de contexto é em muitos destes jovens a depressão ou a ideação e tentativa de suicídio, entre outras situações negativas tal como agressões verbais ou até mesmo físicas e perseguições da parte de elementos da comunidade educativa.

Desde o início da sua actividade, o projecto tem vindo a realizar debates em estabelecimentos de ensino em Portugal e a distribuir uma brochura para professores intitulada Educar para a Diversidade: Um Guia para Professores sobre Orientação Sexual e Identidade de Género (http://www.ex-aequo.web.pt/arquivo/professores.pdf) e uma brochura para alunos intitulada Perguntas e Respostas Sobre Orientação Sexual e Identidade de Género (http://www.ex-aequo.web.pt/arquivo/perguntas.pdf), materiais produzidos no âmbito do projecto, com o objectivo de educar contra a discriminação a pessoas lésbicas, gays, bissexuais ou transgéneras (LGBT).

Em 2007, o Projecto Educação pretende reforçar a sua equipa de oradores para participar nos debates do projecto em estabelecimentos de ensino. Procuramos jovens de todo o país com mais de 18 anos e boas capacidades comunicativas interessados não só em dar o seu testemunho, mas também dispostos a receber formação para serem oradores sobre a temática LGBT. Se estás interessado, contamos com a tua ajuda! Basta preencheres o formulário de candidatura em http://www.ex-aequo.web.pt/arquivo/formPE-LGBT.doc e seguir as indicações que constam no documento. O prazo de candidatura termina a 21 de Fevereiro de 2007.

Todos os candidatos seleccionados, após a primeira fase de selecção, serão contactados para uma entrevista presencial ou via telefone. Os 20 candidatos finais após esta segunda fase serão chamados a participar numa Acção de Formação para Oradores do Projecto Educação LGBT a partir de meados de Março de 2007, formação essa que contará também como fase de avaliação eliminatória e que produzirá o grupo final de novos oradores do projecto.

Se tiveres questões ou dúvidas, por favor contacta-nos através do email educacao@ex-aequo.web.pt ou do número 96 015 13 14. Poderás encontrar mais informações sobre o projecto em http://www.ex-aequo.web.pt/projectoeducacao.html.

A Coordenação do Projecto Educação LGBT

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rede ex aequo
associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes

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sexta-feira, janeiro 19, 2007

THEATRO CIRCO acolhe OS GRANDES PORTUGUESES

O Salão Nobre do Theatro Circo, em Braga, é o palco escolhido pela "RTP - Rádio e Televisão de Portugal" para a próxima emissão, em directo, do programa "Os Grandes Portugueses". Acontece domingo (21 de Janeiro), à noite, e consubstancia-se num debate com oito convidados sobre as 10 personalidades já votadas como finalistas deste concurso, moderado por Maria Elisa.
Conforme é público, o concurso ditou como finalistas D. Afonso Henriques, Álvaro Cunhal, António de Oliveira Salazar, Aristides de Sousa Mendes, Fernando Pessoa, Infante D. Henrique, D. João II, Luís de Camões, Marquês de Pombal e Vasco da Gama.
Enquanto prossegue a votação, até Março, a RTP propõe-se, além deste debate em Braga, emitir, a partir do final do mês, a série de documentários dedicada às personalidades em questão.
De acordo com a entidade produtora, "Os Grandes Portugueses" é um projecto que ultrapassa as fronteiras de uma simples emissão televisiva: «cobrindo vários níveis de multimédia, o programa combina entretenimento, documentário, biografia, grande espectáculo e informação».
No programa, os espectadores do canal público de televisão são convidados a eleger «a personalidade mais marcante da História de Portugal».
 
Mais informação:
 
Fonte: Agenda Cultural da CMB

quinta-feira, dezembro 21, 2006

"O meu filho é HOMOSSEXUAL"





http://www.ex-aequo.web.pt/forum/index.php?topic=11193.0

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Prémios Média 2006

Os Prémios Média 2006 têm cerimónia marcada para o próximo dia 8 de Dezembro, no Auditório da Delegação Regional de Lisboa do IPJ, no Parque das Nações, em Lisboa, a partir das 14h30.

Este evento pretende homenagear as figuras da comunicação social, artes e espectáculo em Portugal que através do seu trabalho dão visibilidade a algumas das muitas dificuldades sentidas pelos jovens homossexuais, bissexuais ou transgéneros. Ao contribuirem para a desconstrução de estereótipos, erradamente associados à orientação sexual ou à identidade de género, consegue-se, em linhas gerais, dar mais um passo no sentido da erradicação do preconceito e da discriminação. Em suma, pretende-se distinguir as figuras que se destacaram pela sua postura activa na visibilidade da situação da juventude lésbica, gay, bissexual e transgénera (LGBT) através de uma abordagem positiva.

Os jovens LGBT, segmento da população que constitui o alvo primordial do trabalho que desenvolve a rede ex aequo, a certa altura da sua vida descobrem que a sua orientação sexual ou identidade de género é diferente da norma. Não possuindo informação e com receio de pedir apoio para evitar a discriminação dos colegas, amigos e familiares passam por momentos difíceis, levando, entre outras situações, à solidão, ao isolamento, a comportamentos de risco, à depressão, à baixa auto-estima, ao insucesso escolar e, em casos extremos, mas demasiado frequentes, ao suicídio.

A rede ex aequo considera que estas situações graves, originadas pelo preconceito e discriminação existente na nossa sociedade, devem ser combatidas, enquanto vigentes, por todos aqueles que defendem um mundo igualitário e respeitador das diferenças. A educação para a diferença e para a diversidade, a promoção de atmosferas seguras e esclarecedoras para jovens LGBT e a denúncia de casos de homo e transfobia nos espaços educativos são vectores dos nossos principais projectos em curso pelo país.

Assim, reconhecendo o contributo significativo dado no sentido da inversão das situações de homofobia e transfobia que afectam a população LGBT, em especial a juventude, a rede ex aequo, na sua 2ª edição dos Prémios Média, decidiu distinguir, em ex-aequo, as seguintes figuras:

Diogo Infante, Director do Teatro Maria Matos, pela encenação da peça de teatro "Laramie " (presença confirmada)

"Laramie" de Moisés Kaufan. Esta encenação baseada em factos reais retrata o homicídio de um jovem homossexual numa até então pacata localidade dos Estados Unidos, Laramie. É de reconhecer o desejo de principiar uma nova fase do Teatro Maria Matos, com esta peça em especial, que denunciou publicamente através da Arte uma situação extrema de homofobia, espelhando e alertando para cenários semelhantes vividos por outros jovens.

Jorge Wemans, Director de Programas da 2:, pela exibição de séries de temática LGBT (confirmada a presença de Bruno Santos, Sub-director de programas da 2:)

Em 2006 assiste-se na televisão portuguesa a uma abertura sem precedentes de séries de temática exclusivamente LGBT ou com esta temática incluída de modo significativo. A visibilidade trazida pelas séries "L Word" – A Letra L; "Queer as Folk" – Diferentes como Nós; "The line of beauty" - A linha da beleza"; " Six Feet Under" - Sete Palmos de Terra, entre outros programas, quebra através do poder mediático da própria televisão o tabu a que a temática LGBT ainda é submetida e torna visível, através da ficção, o dia-a-dia e os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo que se amam, promovendo a sua visibilidade e consequente diminuição dos preconceitos.

Sónia Morais Santos, Jornalista, pela reportagem "Quando o corpo e a alma se desencontram" publicada no Diário de Notícias (representação no evento pelos familiares)

A 5 de Março de 2006, uma reportagem publicada no Diário de Notícias aborda de forma esclarecedora algumas dificuldades que enfrenta a população transexual, sendo esta informação especialmente positiva para a juventude transgénera, já que tornou visível dados factuais, objectivos, aprofundados e completos sobre a transexualidade.

Diogo Morgado e Luís Gaspar, Actores, e Teresa Guilherme, Produtora Executiva, pela série "Aqui não há quem viva" (presenças  não confirmadas até ao momento)

Uma série que soube retratar a vivência complexa de um casal de jovens homossexuais através do humor, salientando a componente afectiva desta relação. "Aqui não há quem viva" arrojou exibir a encenação de uma prova de amor em prime-time, entre dois homens: um beijo. Teresa Guilherme é a responsável pela importação desta série de sucesso no país vizinho trazendo a visibilidade deste tema junto do público português. Diogo Morgado e Luís Gaspar assumiram o papel do casal de jovens homossexuais na série.

A Direcção da rede ex aequo

 

Site do evento: www.ex-aequo.web.pt/premiosmedia.html


 

sábado, setembro 30, 2006

"Ciclo Almodóvar" na Videoteca Municipal de Braga

VIDEOTECA MUNICIPAL DEDICA CICLO A ALMODÓVAR

 

A Videoteca Municipal de Braga promove durante todas as segundas-feiras do mês de Outubro um ciclo de cinema dedicado a Pedro Almodóvar, ao longo do qual são exibidos cinco filmes do realizador espanhol.

Com início segunda-feira, 2 de Outubro (21h45), marcado pela apresentação do filme "Que fiz eu para merecer isto", o "Ciclo Almodóvar" inclui ainda as exibições de "Ata-me" (9 de Outubro, 21h45), "Em carne viva" (16 de Outubro, 21h45), "Tudo sobre a minha mãe" (23 de Outubro) e "Fala com ela" (30 de Outubro).

Pedro Almodóvar, natural de La Mancha (Espanha), onde nasceu em 1951, é um dos realizadores com maior destaque na actualidade. Com 28 filmes realizados, viu o seu trabalho reconhecido com mais de três dezenas de prémios e nomeações, de entre os quais se destacam o óscar para melhor Argumento Original, para o filme "Fala com ela" (2002), e o galardão de melhor realizador no Festival de Cannes, com o filme "Tudo sobre a minha mãe" (1999).

 

"Que fiz eu para merecer isto"

 

2 de Outubro

21h45

 

Com Cármen Maura e Ángel de Ancrés López nos principais papéis, "Que fiz eu para merecer isto" (1984) conta a história de uma dona de casa infeliz, casada com um motorista de táxi grosseiro e infiel, obrigada a trabalhar incessantemente para sustentar a família composta, ainda, por um filho traficante, uma sogra exploradora e outro adolescente, que ela decide vender ao seu dentista.

 

"Ata-me"

 

9 de Outubro

21h45

 

Nomeado para 15 categorias do prémio Goya, atribuído pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Espanha, "Ata-me" (1990) apresenta António Banderas na interpretação de Ricky, um jovem que sai de um reformatório psiquiátrico e integra uma equipa de filmagens onde conhece Marina Osório (Victoria Abril), uma ex-viciada em heroína e ex-actriz porno. Após as filmagens, Ricky invade o apartamento de Marina disposto a iniciar um relacionamento amoroso. Face à resistência da actriz, Ricky resolve deixá-la amarrada na cama até que ela aprenda a amá-lo, mas diversas situações imprevistas dão um novo rumo aos acontecimentos.

 

"Em carne viva"

 

16 de Outubro

21h45

 

No filme "Em carne viva" (1997), Almodóvar tece uma complexa teia sentimental, de ódios, violência, paixões e vingança, onde nem tudo é o que parece, e onde o importante para o desenvolvimento da narrativa é o que cada um sente dentro de si.

Victor, um entregador de pizzas, procura Elena, uma jovem que conheceu numa noite de folia, mas quando a encontra é surpreendido por dois polícias que o confundem com um traficante. A situação complica-se e Victor é acusado de ter alvejado um dos polícias que fica paraplégico em consequência dos ferimentos. Victor é condenado a seis anos de prisão, durante os quais assiste ao sucesso do polícia que casa com Elena e se transforma em estrela de basquetebol nos jogos Para-Olímpicos de Barcelona.

Com o habitual engenho narrativo do realizador espanhol, o espectador é levado a sentir uma multiplicidade de sentimentos pelos diversos personagens, desde a simpatia à censura, nem sempre se tornando claro quem é "herói".

 

"Tudo sobre a minha mãe"

 

23 de Outubro

21h45

 

Caracterizado pela predominância do mundo feminino, com um pendor fortemente exibicionista e extravagante e povoado por personagens extremos de mulheres e de homens que querem ser mulheres, "Tudo sobre a minha mãe" (1999) é considerado por muitos como o melhor filme de Almodóvar. Manuela (Cecilia Roth) vive em Madrid com o filho Esteban (Azorin), um adolescente com uma paixão pela escrita e o grande desejo pela descoberta da vida oculta da mãe e por conhecer o pai, que deduz, por fotografias rasgadas ao meio, não estar morto como lhe tem sido dito ao longo dos anos. Confrontada com a morte do filho na noite do seu aniversário, Manuela decide regressar a Barcelona, onde procura o travesti Esteban e lhe revela a existência de um filho comum a ambos.

 

"Fala com ela"

 

30 de Outubro

21h45

 

 Em "Fala com ela" (2002), Almodóvar relata a história de Benigno Martin (Javier Cámara), um enfermeiro cujo apartamento fica diante de uma academia de bale frequentada por Alicia Roncero (Leonor Watling), por quem está apaixonado.

Entretanto, Alicia é ferida num acidente de carro, que a deixa em coma e é internada no hospital onde Benigno trabalha. Este passa a cuidar dela, mas a atenção que lhe dispensa é considerada acima do normal. Paralelamente desenvolve-se a história de Marco Zuluaga (Darío Grandinetti) e Lydia Gonzalez (Rosario Flores), uma conhecida toureira atingida por um touro e considerada clinicamente morta. Por coincidência, Lydia é internada no mesmo hospital onde está Alicia e logo Benigno e Marco ficam amigos, pois no início Marco nem conseguia tocar em Lydia, mas recebeu de Benigno um simples conselho: «fale com ela».

 

Fonte: Câmara Municipal de Braga, 29 de Setembro de 2006

P' O gabinete de Comunicação

 

(João Paulo Mesquita)

 

 

 

Para eventual contacto, utilize 253 203 153 - 966 787 083 - comunica@cm-braga.pt

 

Se não está interessado em receber informação através deste meio, queira remeter-nos

mensagem para news@cm-braga.mail.pt, com o termo Remover no campo adstrito ao assunto.

(Directiva 2000/31/CE do Parlamento Europeu; Relatório A5-0270/2001 do Parlamento Europeu).

 

 

Comunicado: Relatório sobre Homofobia e Transfobia nas Escolas em Portugal

Comunicado: Relatório sobre Homofobia e Transfobia nas Escolas em Portugal
Lisboa, 28 de Setembro de 2006

A rede ex aequo – associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais,
transgéneros e simpatizantes enviou hoje o Relatório Anual de 2006 do
seu Observatório de Educação LGBT à Ministra da Educação, dia em que a
associação participou no Fórum da Educação para a Cidadania,
iniciativa do próprio Ministério da Educação e da Presidência de
Conselho de Ministros para o qual foi convidada.

O Observatório de Educação LGBT foi lançado em Fevereiro deste ano,
porque a associação está consciente que ocorrem muitas situações de
homofobia e transfobia nas escolas em Portugal e que, por esse motivo,
a escola ainda não é um espaço seguro para muitos jovens homossexuais,
bissexuais e/ou transgéneros, ou percepcionados como tal. Esta
situação leva não só a situações de baixa auto-estima, isolamento,
depressões e ideação e tentativas de suicídio, assim como ao insucesso
e abandono escolar de muitos jovens LGBT.

Com um formulário online, especialmente desenhado para o efeito, a
rede ex aequo deseja dar voz e reportar todas as situações de
discriminação, de qualquer cariz, respeitantes ao tema da orientação
sexual e da identidade de género que tenham ocorrido em
estabelecimentos escolares em Portugal, inclusive também as
ocorrências de veiculação de informação incorrecta, preconceituosa e
atentatória dos direitos humanos e da dignidade das pessoas lésbicas,
gays, bissexuais e transgénero, no espaço escolar.

O Relatório de 2006 apresenta os resultados de 20 formulários a
reportar casos de homofobia e transfobia, recebidos entre Fevereiro e
Setembro de 2006, de jovens dos 16 aos 28 anos, na sua maioria alunos,
mas também professores e funcionários. Ressalta de forma extremamente
significativa que nenhum dos jovens que preencheram o questionário do
Observatório de Educação formalizaram qualquer tipo de queixa dos
actos de agressão e discriminação sofridos ou assistidos, às entidades
competentes, e que muitos apresentam como razão o receio de
retaliações e mais perseguições. A partir dos dados fornecidos pelos
participantes, a conclusão do relatório frisa a existência de
discriminação nas escolas, alerta para os resultados desta no
desenvolvimento e bem-estar dos jovens que a sofrem e apela para que
estes temas sejam claramente incluídos nos planos curriculares,
nomeadamente da educação para os direitos humanos, para a cidadania e
para a saúde, assim como para a formação dos professores e outros
agentes educativos de modo a que saibam lidar e falar correctamente
sobre estas temáticas. A publicação online do relatório pode ser
consultada em http://www.ex-aequo.web.pt/arquivo/observatorio/OE2006.pdf.

Os resultados deste relatório são coerentes com os apresentados no
relatório A Exclusão Social da Juventude LGBT na Europa da IGLYO/ILGA
Europa, apresentado a 13 de Setembro ao Parlamento Europeu, estudo
para o qual a rede ex aequo, assim como muitos dos seus membros e
associados contribuiram. Para além da referência de testemunhos de
jovens de vários países, inclusive de vários jovens LGBT portugueses,
tanto do sexo masculino como do sexo feminino, o estudo chega à
conclusão, com base em mais de 700 questionários respondidos por
jovens de 37 países europeus, que os jovens LGBT na Europa enfrentam
níveis muito elevados de discriminação e preconceito no seu dia-a-dia:
61,2% enfrentam discriminação na escola, 51,2% na vida familiar e
29,8% no seu círculo de amigos. O relatório demonstra claramente que a
discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género
dificulta a inclusão social da juventude LGBT. Este relatório pode ser
consultado em http://www.iglyo.com/content/files/2006-Report-SocialExclusion.pdf.

A rede ex aequo apela para que sejam tomadas medidas pelo Ministério
da Educação e outros orgãos competentes para que a segurança e o bem
estar da juventude LGBT seja garantida, nomeadamento no espaço
escolar, mas não só. A rede ex aequo, através do seu Projecto Educação
LGBT, tem disponíveis materiais, tais como brochuras informativas e
educativas, para alunos e para professores, para a promoção de uma
educação para a cidadania e para os direitos humanos nestas temáticas,
assim como uma equipa preparada para fazer sessões com alunos, pais,
professores e funcionários da escola. Porém, esta preocupação não pode
ser só de um grupo de pessoas, mas de todo os agentes educativos e
deve, consequentemente, ser espelhada nas políticas educativas, na
formação de professores e nos planos curriculares.

A homofobia e a transfobia, sendo a população LGBT em Portugal
estimada em 10%, é algo que afecta demasiados jovens LGBT, ou
percepcionados como tal, e põe em questão o bem-estar de uma parte
demasiado significativa da população em Portugal. Os índices
largamente superiores demonstrados pela juventude LGBT, em relação aos
seus pares heterossexuais, de baixa auto-estima, depressão, isolamento
e ideação e tentativa de suicídio, insucesso e abandono escolar,
consequentes da discriminação, apresentados em estudos feitos por todo
o mundo não podem ser ignorados e demonstram as consequências da
ausência de uma educação para o respeito e para a promoção da
dignidade das pessoas LGBT nos currículos, nas salas de aula, no
espaço escolar, em geral. Ao ignorar estes problemas estamos a pôr
também em questão o próprio desenvolvimento do país e a promoção de
uma cidadania plena para todos.

--
rede ex aequo
associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes

Website: http://ex-aequo.web.pt
Email: rede@ex-aequo.web.pt
Fórum: http://ex-aequo.web.pt/forum
IRC (PTNet): #ex-aequo

Rua S. Lázaro 88,
1150-333 Lisboa
Portugal

Telefone: (+351) 96 878 18 41

quinta-feira, setembro 28, 2006

Ciclo 'A Tempestade e o Copo d'Água'


A Tempestade e o Copo d'Água:
Sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Organização: Miguel Vale de Almeida / Almedina

Uma "tempestade" começou a varrer as democracias liberais: a exigência do direito à igualdade no acesso ao casamento civil por parte de casais do mesmo sexo mobiliza as energias e paixões políticas, cívicas, éticas, morais e estéticas. Para os defensores da alteração da lei, trata-se do último passo numa longa caminhada que tem como antecedentes as várias lutas pelos direitos civis; o acesso ao casamento participaria duma lógica simbólica inclusiva e legitimadora da homossexualidade do ponto de vista cultural. Para os detractores, a própria estrutura da sociedade seria posta em causa caso se aceitasse o alargamento deste direito. Paralelamente, posições há que advogam soluções intermédias; outras propõem nomes diferentes para a "coisa"; outras ainda preocupam-se sobretudo com a adopção e a parentalidade; e sectores do próprio movimento gay e lésbico consideram o casamento uma reivindicação integracionista e pouco radical.

Depois das mudanças legislativas em Espanha, Portugal encontra-se numa situação expectante. Nem as posições dos diferentes partidos, nem iniciativas como a petição pela alteração da lei ou a recusa do direito a casar no que ficou conhecido como o "caso Teresa e Lena", indicam um só caminho ou permitem antever o que acontecerá. Os sectores mais tíbios, segundo uns, ou cautelosos, segundo outros, apelam normalmente a um "debate alargado na sociedade". Esta iniciativa pretende ajudar a isso mesmo, convocando os saberes da Sociologia, do Direito e da Antropologia para um debate fundamentado sobre os contornos sociais, legais e culturais da "Tempestade" que agita o "Copo d'Água". Será uma gota. Mas uma gota, como se sabe do provérbio, pode fazer uma grande diferença.

Miguel Vale de Almeida

Da viabilidade jurídica do casamento entre pessoas do mesmo sexo
Carlos Pamplona Côrte-Real
Teresa Pizarro Beleza
20 de Outubro, 19:00h

O casamento não pode ou deve ser visto como instituto especificamente heterossexual, mas sim como instrumento do direito ao desenvolvimento, coerente e inerente, da personalidade de cada parceiro, e no respeito pelo direito à reserva da intimidade da vida privada (...). Deste modo, não se estará a tratar de forma igual situações subjacentes desiguais. Bem pelo contrário...
Questões antropológicas relacionadas com o casamento entre pessoas do mesmo sexo
Miguel Vale de Almeida
30 de Novembro, 19:00h

Dos Na da China aos Gay de Lisboa: O que a antropologia diz e não diz sobre o casamento como relação e instituição (ou uma estória de sexo, amor, parentes e crianças)

Da União ao Casamento – uma perspectiva sociológica sobre activismo LGBT em Portugal
Ana Cristina Santos
15 de Dezembro, 19:00h
Tendo por pano de fundo as lutas pelo reconhecimento de modelos familiares entre pessoas do mesmo sexo, esta intervenção visa reflectir sobre a acção colectiva que, em Portugal, assume como sua a bandeira dos direitos sexuais enquanto direitos humanos.

sexta-feira, setembro 01, 2006

10º Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa

De 15 a 24 de Setembro de 2006

Tema:10 Anos de luta pela visibilidade da cultura LGBT
10 Anos de luta contra a homofobia

O FCGLL programou 114 filmes para a sua 10ª edição!

30 Longas-Metragens – 10 em competição
34 Documentários – 18 em competição
50 Curtas-Metragens – 36 em competição

Mais informações em http://www.lisbonfilmfest.org/

terça-feira, agosto 29, 2006

SEX BOMB


sexta-feira, julho 28, 2006

Miss Transex Internacional 2006




Samantha Rios foi a vencedora do concurso Miss Transex Internacional 2006 ocorrido no dia 22 de Junho no PrideBar.

quinta-feira, junho 22, 2006

1ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto

quarta-feira, junho 07, 2006

Documentário "Gisberta | Liberdade"



Crime de ódio. Aqui, em Portugal.

Fevereiro de 2006, Gisberta Salce Júnior, transsexual brasileira a viverem extrema exclusão social no Porto, foi torturada e violada com paus noânus durante um período de três dias para depois ser atirada para um poçoe deixada morrer numa obra abandonada.

A exclusão social e degradação de Gisberta expõem claramente amarginalização de transexuais em Portugal. Este caso é uma clarademonstração de um alto nível de agressão e de atitudes transfóbicas nasociedade portuguesa. Mas qualquer qualquer debate público sobre o caso éabafado em Portugal antes mesmo de começar.

E infelizmente achamos que não recomeçará sem pressão internacional.

Por isso, a European Trangender Network em cooperação com organizaçõesportuguesas envia este apelo para uma acção internacional a 8 de Junho emfrente às embaixadas e consulados portugueses com o objectivo de expressarapoio aos esforços dos activistas portugueses e pressionar o governoportuguês a assumir as suas responsabilidades face a este crime de ódio.

Também em Portugal, um pouco por todo o país, preparamos iniciativas parachamar a atenção sobre Gisberta. Como podemos não o fazer? Como podemosesquecer o ódio de que ela foi alvo? Como podemos esquecer o resultadodeste ódio?

E como poderemos lutar para que estes ódios deixem de existir?

Um documentário – "Gisberta Liberdade" – foi realizado pela TGEUnet eactivistas portugueses. Este filme em DVD será projectado nas seguintescidades:

Dia 08 de JunhoPorto:

Sessão Pública de Debate e exibição do documentário “Gisberta Liberdade”, às 21h30 – Academia Contemporânea do Espetáculo, PracetaCoronel Pacheco (Panteras Rosa, @t, ILGA-Portugal, rede ex aequo, não teprives, Clube Safo, PortugalGay.pt)

Lisboa: Apresentação do manifesto dos movimentos europeus sobre oassassinato de Gisberta e a transfobia em Portugal. Frente à escadaria da Assembléia da República, 12h00
Levaremos máscaras com o rosto de Gisberta, para que o poder político nãopossa esquece-la. (@t, Panteras Rosa, rede ex aequo, não te prives, ClubeSafo, Opus Gay)

Coimbra: Sessão Pública de debate e exibição do documentário “Gisberta Liberdade às 21h30 na cave da Galeria Bar Santa Clara. (não te prives)

Faro: IPJ, Rua da PSP (ao pé do Jardim Alameda e da Biblioteca Municipal)às 20h30 (rede ex aequo)

Dia 10 de JunhoBraga: Estaleiro Cultural Velha-a-Branca – Largo Senhora-a-Branca, nº 23 às 16h00 (rede ex aequo)

Porto: Espaço T – Rua do Sol, nº 14 (Escola EB1 da Sé) às 16h00 (rede exaequo)

quinta-feira, abril 06, 2006

"Os filmes Brokeback Mountain, O Fiel Jardineiro e Instinto Fatal 2 vão ter exibição garantida no operador público."

ARTP1 aproveitou o MIPTV, a feira de conteúdos para televisão que decorreu esta semana em Cannes, para reservar e garantir formatos que irão aumentar "a linha de diversidade" da sua programação, como revelou ao DN, Nuno Santos, director de programas da estação.Assim, de um conjunto de formatos para o prime time, o responsável da RTP destaca Camara Café, um programa de humor, que "tem apresentado excelentes resultados no mercado espanhol, francês e italiano", e cuja reserva já ficou feita.

"Uma das preocupações que trazia com a linha de programação tinha a ver com o 11 de Setembro e o Mundial de Futebol", assumiu Nuno Santos. Nesse sentindo, chegou a "um acordo de princípios para a aquisição" de um conjunto de documentários que assinalam os cinco anos sobre os atentados de Nova Iorque e ainda três séries dedicadas ao futebol: More Than a Game, de origem inglesa, The Art of Football, alemão e do canal Arte, um trabalho documental sobre Maradona.

Nuno Santos reservou ainda documentários sobre Chernobyl, o Julgamento de Nuremberga, os descobrimentos portugueses (um trabalho alemão) e sobre Angola. Segundo o programador da televisão pública foi também "pré-comprada" uma série documental Prehistoric Park, à FremantleMedia.Seguindo a sua aposta nas minisséries, a RTP garantiu a Dama das Camélias, uma produção italiana, Dresden, de origem alemã, e um "êxito francês", Dolmen, uma história de mistério contada em cinco episódios. Os filmes Brokeback Mountain, O Fiel Jardineiro e Instinto Fatal 2 vão ter exibição garantida no operador público.

"Este ano assisti a uma maior oferta de light entertainement em detrimento dos reality shows", analisou Nuno Santos fazendo notar que está perante "um mercado bastante dinâmico e muito concorrido", onde "os asiáticos estão presentes em força". Mas não encontrou "nenhum produto revolucionário".

Óscares na TVI até 2010A TVI garantiu os direitos de transmissão dos Óscares até 2010. Para Margarida Vitória Pereira, responsável pelos formatos internacionais da estação, o MIPTV não trouxe grandes novidades. "Foi mais do mesmo", disse ao DN. Ainda assim, a TVI adquiriu à Hallmark algumas minisséries de catástrofes e reservou também a série Surface, uma espécie de Lost [Perdidos], que "está a ser um sucesso nos EUA".

" As nossas expectativas estão em Los Angeles, onde vamos estar daqui a um mês e meio, e nessa altura visionaremos todas as séries-piloto que vão estrear no mercado americano em Setembro", admitiu.

SIC traz Jamie Oliver

Perante todas as possibilidades de oferta do MIPTV, o que mais surpreendeu Teresa Guilherme, directora de produção nacional da SIC, foi "a quantidade de ficção em torno de mulheres". Sem adiantar as opções que fez em Cannes, sublinhou que "o mercado está cada vez mais competitivo e a língua espanhola está a atacar em força. No entanto, os EUA continuam a ter as melhores séries". Mas de acordo com o site da Fremantle Media, a SIC reservou no MIPTV Jamie's School Dinners, com o famoso chef britânico Jamie Oliver. Também a SIC Mulher comprou uma nova temporada de Martha Stewart's.

Já a SIC Radical renovou séries como South Park e Buffy, mas o grande destaque de Vítor Figueiredo, director da estação, vai para o regresso de Daily Show de John Stewart. Reservando mais novidades para a semana, antecipou ao DN a compra de três séries de anime (animação japonesa), Gravion, Gad Guard e Desert Punk - com as duas primeiras a estrear já em Maio. Mas não é tudo. "Vai haver muito anime novo na Radical", adiantou.

fonte: DN

domingo, março 26, 2006

3º Ciclo de Cinema LGBT - 30 de Março a 2 de Abril


A rede ex aequo, a associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros (LGBT) e simpatizantes, irá realizar o seu 3º Ciclo de Cinema no âmbito da Semana da Juventude da Câmara Municipal de Lisboa em 2006. Este Ciclo de Cinema irá ocorrer na Videoteca Municipal de Lisboa nos dia 30, 31 de Março e 1, 2 de Abril.

Cada exibição terá um espaço de debate durante 30m a seguir a cada projecção. A entrada é gratuita.

Mais detalhes em http://www.ex-aequo.web.pt/ciclo.html

sábado, março 25, 2006

Homossexuais masculinos já podem dar sangue em Portugal

Após mais de uma década de protestos vários e de acusações de discriminação sem fundamento científico, o Instituto Português de Sangue (IPS) decidiu acabar com a exclusão de homossexuais masculinos na dádiva de sangue. "A tendência actual é de igualdade de critérios para todas as orientações sexuais, há uma recapitulação em termos internacionais nesta matéria", explicou ao DN o presidente do IPS, Almeida Gonçalves, que sublinha ter sido já retirado, da página de internet do Instituto, o critério de exclusão "homens que têm sexo com homens".

A decisão, tomada no final de 2005, não fora até agora alvo de qualquer anúncio público, pelo que nem as associações de defesa dos direitos dos homossexuais estavam cientes desta mudança na política do IPS. Almeida Gonçalves justifica a discrição com o facto de "se querer fazer isto com naturalidade e rigor científico, sem dar a ideia de que se reagiu a qualquer tipo de pressão", e também por estarem em elaboração, no âmbito da aplicação de uma directiva europeia, as novas regras de selecção de dadores, a cargo de um grupo de trabalho nomeado pelo Instituto. "Quando os critérios estiverem escritos, são publicados em livro e toda a gente vai saber."

Estigma sem fundamento

Almeida Gonçalves justifica esta alteração da política do Instituto com a existência de uma nova geração de análises, os TAN (testes de ampliação de ácidos nucleicos). "Pelo seu grau de fiabilidade muito superior aos antes utilizado, estes testes permitem 'despistar' com muito mais segurança a existência de infecções como a do HIV/sida ou das hepatites". É que, prossegue, "aquilo a que chamamos o 'período de janela' - o período de tempo em que os testes não identificam a infecção apesar de esta existir - era longuíssimo com o tipo de análises antes existente, chegava a ser de mais de seis meses, pelo que os critérios de selecção dos dadores tinham de ser muito apertados. Agora usamos testes que têm um período de janela de uma semana a 15 dias, pelo que podemos ter critérios de selecção mais abertos."

A presidir ao IPS há mais de uma década, Gonçalves foi várias vezes questionado sobre a interdição agora levantada e confrontado com o facto de não haver nenhum comportamento sexual "exclusivo" dos "homens que têm sexo com homens". As suas justificações variaram entre a obediência a critérios internacionais, nomeadamente os americanos (ver caixa), e explicações baseadas, por exemplo, numa alegada "tendência" dos homossexuais masculinos "para uma maior infidelidades nas relações".

Hoje, admite que se tratou de uma estigmatização sem fundamento científico: "Penso que isso se deveu ao facto de o problema da sida ter começado na comunidade gay americana. Hoje, em Portugal e em quase todo o mundo, a principal via de infecção do HIV é heterossexual..." Para as associações que lutam contra a homofobia, esta é uma vitória "que peca por tardia". Paulo Côrte-Real, da ILGA-Portugal, regozija-se, no entanto, com "o fim deste preconceito oficial". Mas espera para ver: "Agora é preciso garantir a aplicação efectiva do novo critério, certificar que não muda no papel e não fica na mesma na prática."

Sérgio Vitorino, das Panteras Rosa/Frente de Combate à Homofobia, concorda. "Não havia nenhum critério científico que presidisse a essa exclusão. Só posso comemorar uma alteração que é resultado de uma luta de mais de 10 anos dentro e fora da classe médica... Resta ver é se quando as novas regras forem publicadas não continuará a haver discriminação."

Afinal, em Outubro, na resposta a um requerimento de uma deputada de Os Verdes ao ministro da Saúde sobre o fundamento da discriminação, o IPS dizia que o que estava em causa no critério em vigor era, não a orientação sexual, mas a prática. Resta saber a que se referiria.

fonte: Diario de Notícias

sexta-feira, março 24, 2006

DEFICIÊNCIA E HOMOSSEXUALIDADE

A reflexão que se impõe

Ser minoria dentro da própria minoria. Assim vivem milhares de pessoas no mundo e em Portugal. Eles são deficientes físicos que se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo.

Some o preconceito para com a homossexualidade ao preconceito para com o deficiente físico. Agora, multiplique pelo que ele sofre dentro da própria comunidade homossexual. Como suportar tanta hostilidade?

Com paciência e perseverança, dádivas que encontramos em abundância em quem tem necessidades especiais.

Já reparou que os bares e discotecas frequentados por homossexuais não tem estrutura para receber quem necessita, por exemplo, de cadeira de rodas?

Aliás, com sinceridade, até hoje você já tinha pensado que existem deficientes físicos homossexuais e que eles enfrentam todo o tipo de contratempos na ânsia de encontrarem o seu grande amor?

É pública e notória a tendência de alguns dos homossexuais, principalmente masculinos, em cultivarem o corpo perfeito (como se isso fosse o mais importante no ser humano!). Isso exclui à partida quem precisa, por exemplo, de cadeira de rodas para se locomover.

Vendo por este ângulo, quem é o verdadeiro deficiente? Os que vazios de conceitos cultivam arduamente o corpo, como se a «embalagem» é que realmente importasse, ou aqueles cuja beleza física fica pálida diante da luz que emana das suas almas cansadas de tanto sofrimento?

Não podemos também esquecer que «às pessoas portadoras de deficiências, assiste o direito, inerente a todo a qualquer ser humano, de ser respeitado, sejam quais forem os seus antecedentes, natureza e severidade da sua deficiência. Elas têm os mesmos direitos que os outros indivíduos da mesma idade, facto que implica desfrutar de vida decente, tão normal quanto possível».

O grau de dificuldade na conquista de um companheiro, depende muito de como a pessoa deficiente, encara a deficiência, se tem muitos preconceitos em relação a ela mesma, se se aceita, se gosta de si mesma. Outros pontos externos também valem muito: se estuda ou estudou, se trabalha, se consegue ganhar dinheiro, se pode comprar as coisas de que precisa, se consegue sustentar-se e satisfazer as suas necessidades diárias, sem muita dependência de outras pessoas. Tudo isto conduz a um maior bem-estar pessoal, a uma melhor posição perante a vida e a uma maior alegria de viver.

Curiosidade, repulsa, pena, atracção são coisas que têm muito impacto no primeiro momento, mas só conquistamos o outro com o tempo, convivendo. Existem pessoas que olham o deficiente e sempre terão dó; outras que sentem a maior atracção; outras ainda têm grande curiosidade, ou querem conhecer melhor, porque o acham bonito, brincalhão, interessante... e assim começa um relacionamento.

Quanto mais o deficiente homossexual se mostrar mais vai observando se tem chances ou não, e assim, as pessoas que os aceitam vão-se aproximando e as que não aceitam vão-se distanciando.

É claro que existe preconceito dentro e fora da comunidade homossexual. Na comunidade homossexual, em larga medida parece que nos preocupamos em viver para o momento, como se o amanhã não existisse; temos muita preocupação (ou talvez não!) pelos doentes com SIDA, mas esquecemo-nos dos homossexuais com deficiência. Muitos homossexuais passam pela vida de forma fútil valorando os corpos, as roupas, as relações fugazes. Mas quando se é um homossexual com alguma deficiência, já não se tem "aquele toque". Quantos homossexuais com deficiência se sentem como se não pertencessem ali?

E afinal que nos pedem os homossexuais com deficiência? Que procuram? O mesmo que nós todos: SEREM FELIZES E ACEITES POR AQUILO QUE SÃO E VALEM!

Fonte: http://aphm.no.sapo.pt/deficiencia/deficiencia.html

domingo, março 05, 2006

VIGÍLIA POR GISBERTA



Torturada ao longo de dias, vítima de sevícias sexuais, assassinada com extrema brutalidade.
GISBERTA tinha uma vida que os meios de comunicação social têm distorcido e um rosto que têm omitido. Um rosto, e um crime, que não permitimos que seja esquecido ou caia no esquecimento sem consequência , como se de um facto banal se tratasse.

Sem-abrigo, transexual, imigrante, seropositiva, utilizadora de drogas, trabalhadora do sexo, assassinada por crianças e jovens de uma "instituição de menores". Das fragilidades de Gisberta ao inferno e discriminação social que representa o sistema de (des)protecção de menores em Portugal, uma acumulação de exclusões e, infelizmente, motivos de discriminação permanente na sociedade portuguesa.

Situar a resposta ao crime no baixar da idade para a responsabilização criminal é lavar as mãos do Estado. Este que assuma as responsabilidades que nunca assumiu sobre as crianças em risco, ao invés de os abandonar em instituições da Igreja e à educação parcial que nelas se pratica. A Justiça que assuma a responsabilidade criminal de quem já tem idade para isso. Mas que não se menorize o crime em si com o argumento da idade dos agressores.

VIGÍLIA POR GISBERTA
Frente ao Patriarcado de Lisboa
Campo de Santa Clara
5ª feira, 9 de Março, às19h


* PARA DIGNIFICAR A MEMÓRIA DAVÍTIMA
* PARA EXIGIR A PROFUNDA REFORMA DO SISTEMA DE PROTECÇÃO E ACOLHIMENTO DE MENORES EM RISCO
* PARA EXIGIR LESGISLAÇÃO ABRANGENTE CONTRA OS CRIMES MOTIVADOS PELO ÓDIO E PELO CONJUNTO DOS PRECONCEITOS ASSOCIADOS A ESTE CRIME"

fonte: Panteras Rosa

sábado, março 04, 2006

Crónica do Diário de Notícias de 27/02/2006

1. A homossexualidade não é natural, como a pílula ou os canais televisivos para adultos. Aliás, toda a sexualidade humana não é natural, já que a espécie copula de Janeiro a Dezembro, coisa rara e nunca vista, mesmo nos primatas superiores. Vejam se o orangotango, o macaco rhesus e o chimpanzé lá são capazes de tais proezas;

2. O casamento de homossexuais destrói a instituição. Os divórcios, as separações e as uniões de facto, também. Exceptuam-se as anulações decretadas pelo poder papal que servem para proteger e dignificar o matrimónio;

3. O casamento é uma instituição milenar, logo não pode ser alterado, devendo manter-se a subjugação da mulher. Exceptuam-se os malvados da Igreja Anglicana, que mudaram os seus bons costumes graças às urgentes paixões de Henrique VIII, o que custou a cabeça a Thomas Moore. Face ao matrimónio, não há utopia que nos salve;

4. O casamento de homossexuais cria um precedente para todo o tipo de comportamentos inaceitáveis: poligamia, incesto e o enlace nupcial com animais. Estudos empíricos mostram que a assunção da homossexualidade conduz a uma inevitável exposição pública de bizarrias, como um coronel inglês beijando na boca uma caniche, em Trafalgar Square. Cada vez que se muda uma prática civilizacional, passa a valer tudo. O sufrágio universal foi acompanhado pelo direito de voto dos recém-nascidos, dos animais e das plantas. A abolição da pena de morte implicou o passeio impune dos assassinos. O fim da escravatura levou à saída dos porcos dos currais.

5. O casamento de homossexuais não deve ser legalizado porque, sendo recente em vários países, não podemos aferir as suas consequências. A mesma razão deveria ter impedido essa coisa indesejável chamada Revolução Francesa, que introduziu conceitos como Liberdade (!), Igualdade (!!) e Fraternidade (!!!), noções que até aí não tinham sido experimentadas;

6. O casamento homossexual não pode ser válido porque não gera bebés. Tal como os casamentos de casais inférteis, idosos ou casais que simplesmente não querem ter filhos;

7. O casamento homossexual deve permanecer interditado porque duas pessoas do mesmo sexo não podem educar crianças. Como se sabe, todos os homossexuais são filhos de homossexuais. Do mesmo modo, devem ser proibidas as famílias monoparentais, mesmo em caso de viuvez.

Joana Amaral Dias

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

25 de Abril, sempre?!?

24 de Abril em Braga

No Colégio D. Diogo de Sousa fazer cartazes alusivos ao 25 de Abril dá direito a expulsão. O JN tem acompanhado o caso, eis os links [1], [2], [3] e [4]. Palavras para quê? É um colégio católico português...

via Renas e Veados

sábado, fevereiro 11, 2006

BRAGACINE 2006

FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA INDEPENDENTE DE BRAGA

11 a 18 Fevereiro de 2006

COMEMORAÇÃO DOS 110 ANOS DO CINEMA EM PORTUGAL 

O Cineclube da Universidade do Minho promove a partir de amanhã (11) e até 18 de Fevereiro a terceira edição do "BragaCine – Festival Internacional de Cinema Independente de Braga". O certame evoca os 110 anos do cinema em Portugal, distribuindo as múltiplas actividades por vários espaços da cidade, com particular destaque para a Videoteca Municipal de Braga (Rua do Raio) e para os Cinemas Warner-Lusomundo (BragaParque).
 

sábado, 11 de Fevereiro de 2006

 

17h30"The Last Horror Movie", de Julian Richards, vencedor do mais alto galardão do cinema fantástico "Melliés D'Or", vencedor do Grande Prémio do FantasPorto, premiado em Cannes, antecedido pela curta "Foster", de Jonathan Newman", premiado no FantasPorto, Santiago de Compostela, Rhode Island e presença de ambos os realizadores.

domingo, de 12 de Fevereiro de 2006

 

21h30"Walk the line", com Joaquim Phoenix

23h30"Os Imortais", de António Pedro de Vasconcelos

 

segunda-feira, 13 de Fevereiro de 2006

 

21h30"A Marcha dos Pinguins", de Luc Jacquet

23h30"The Grudge", com Sarah Michelle Gellar

 

terça-feira, 14 de Fevereiro de 2006

 

21h30"Colisão", de Paul Haggis, produtor de "Million Dollar Baby"

23h30"Nothing", de Vincenzo Natali, Grande Prémio FantasPorto 2005

 

quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2006

 

21h30"Zathura", sequela de "Jumanji" , realizador de "Elf"

23h30"Ponte de San Luís Rey", com Robert de Niro

 

quinta-feira, 16 de Fevereiro de 2006

 

21h30"Being Considered",  Jonathan Newman,  premiado no FantasPorto, Santiago de Compostela, Rhode Island.

23h30"London Voodoo", de Robert Pretten, premiado em San Francisco, Boston, FantasPorto.

 

sexta-feira, 17 de Fevereiro de 2006

 

21h30"Oliver Twist", de Roman Polanski

23h30"Odete", de João Pedro Rodrigues

 

sábado, 18 de Fevereiro de 2006

 

21h30 – "Dead Fish", de Charley Stadler, com a presença do argumentista David Mitchell, protagonizado por Gary Oldman, protagonista de "Drácula", de Francis Ford Coppola.

 
 
Fonte: Boletim Municipal CMB