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Casamento Civil para todas as famílias


sábado, setembro 30, 2006

"Ciclo Almodóvar" na Videoteca Municipal de Braga

VIDEOTECA MUNICIPAL DEDICA CICLO A ALMODÓVAR

 

A Videoteca Municipal de Braga promove durante todas as segundas-feiras do mês de Outubro um ciclo de cinema dedicado a Pedro Almodóvar, ao longo do qual são exibidos cinco filmes do realizador espanhol.

Com início segunda-feira, 2 de Outubro (21h45), marcado pela apresentação do filme "Que fiz eu para merecer isto", o "Ciclo Almodóvar" inclui ainda as exibições de "Ata-me" (9 de Outubro, 21h45), "Em carne viva" (16 de Outubro, 21h45), "Tudo sobre a minha mãe" (23 de Outubro) e "Fala com ela" (30 de Outubro).

Pedro Almodóvar, natural de La Mancha (Espanha), onde nasceu em 1951, é um dos realizadores com maior destaque na actualidade. Com 28 filmes realizados, viu o seu trabalho reconhecido com mais de três dezenas de prémios e nomeações, de entre os quais se destacam o óscar para melhor Argumento Original, para o filme "Fala com ela" (2002), e o galardão de melhor realizador no Festival de Cannes, com o filme "Tudo sobre a minha mãe" (1999).

 

"Que fiz eu para merecer isto"

 

2 de Outubro

21h45

 

Com Cármen Maura e Ángel de Ancrés López nos principais papéis, "Que fiz eu para merecer isto" (1984) conta a história de uma dona de casa infeliz, casada com um motorista de táxi grosseiro e infiel, obrigada a trabalhar incessantemente para sustentar a família composta, ainda, por um filho traficante, uma sogra exploradora e outro adolescente, que ela decide vender ao seu dentista.

 

"Ata-me"

 

9 de Outubro

21h45

 

Nomeado para 15 categorias do prémio Goya, atribuído pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Espanha, "Ata-me" (1990) apresenta António Banderas na interpretação de Ricky, um jovem que sai de um reformatório psiquiátrico e integra uma equipa de filmagens onde conhece Marina Osório (Victoria Abril), uma ex-viciada em heroína e ex-actriz porno. Após as filmagens, Ricky invade o apartamento de Marina disposto a iniciar um relacionamento amoroso. Face à resistência da actriz, Ricky resolve deixá-la amarrada na cama até que ela aprenda a amá-lo, mas diversas situações imprevistas dão um novo rumo aos acontecimentos.

 

"Em carne viva"

 

16 de Outubro

21h45

 

No filme "Em carne viva" (1997), Almodóvar tece uma complexa teia sentimental, de ódios, violência, paixões e vingança, onde nem tudo é o que parece, e onde o importante para o desenvolvimento da narrativa é o que cada um sente dentro de si.

Victor, um entregador de pizzas, procura Elena, uma jovem que conheceu numa noite de folia, mas quando a encontra é surpreendido por dois polícias que o confundem com um traficante. A situação complica-se e Victor é acusado de ter alvejado um dos polícias que fica paraplégico em consequência dos ferimentos. Victor é condenado a seis anos de prisão, durante os quais assiste ao sucesso do polícia que casa com Elena e se transforma em estrela de basquetebol nos jogos Para-Olímpicos de Barcelona.

Com o habitual engenho narrativo do realizador espanhol, o espectador é levado a sentir uma multiplicidade de sentimentos pelos diversos personagens, desde a simpatia à censura, nem sempre se tornando claro quem é "herói".

 

"Tudo sobre a minha mãe"

 

23 de Outubro

21h45

 

Caracterizado pela predominância do mundo feminino, com um pendor fortemente exibicionista e extravagante e povoado por personagens extremos de mulheres e de homens que querem ser mulheres, "Tudo sobre a minha mãe" (1999) é considerado por muitos como o melhor filme de Almodóvar. Manuela (Cecilia Roth) vive em Madrid com o filho Esteban (Azorin), um adolescente com uma paixão pela escrita e o grande desejo pela descoberta da vida oculta da mãe e por conhecer o pai, que deduz, por fotografias rasgadas ao meio, não estar morto como lhe tem sido dito ao longo dos anos. Confrontada com a morte do filho na noite do seu aniversário, Manuela decide regressar a Barcelona, onde procura o travesti Esteban e lhe revela a existência de um filho comum a ambos.

 

"Fala com ela"

 

30 de Outubro

21h45

 

 Em "Fala com ela" (2002), Almodóvar relata a história de Benigno Martin (Javier Cámara), um enfermeiro cujo apartamento fica diante de uma academia de bale frequentada por Alicia Roncero (Leonor Watling), por quem está apaixonado.

Entretanto, Alicia é ferida num acidente de carro, que a deixa em coma e é internada no hospital onde Benigno trabalha. Este passa a cuidar dela, mas a atenção que lhe dispensa é considerada acima do normal. Paralelamente desenvolve-se a história de Marco Zuluaga (Darío Grandinetti) e Lydia Gonzalez (Rosario Flores), uma conhecida toureira atingida por um touro e considerada clinicamente morta. Por coincidência, Lydia é internada no mesmo hospital onde está Alicia e logo Benigno e Marco ficam amigos, pois no início Marco nem conseguia tocar em Lydia, mas recebeu de Benigno um simples conselho: «fale com ela».

 

Fonte: Câmara Municipal de Braga, 29 de Setembro de 2006

P' O gabinete de Comunicação

 

(João Paulo Mesquita)

 

 

 

Para eventual contacto, utilize 253 203 153 - 966 787 083 - comunica@cm-braga.pt

 

Se não está interessado em receber informação através deste meio, queira remeter-nos

mensagem para news@cm-braga.mail.pt, com o termo Remover no campo adstrito ao assunto.

(Directiva 2000/31/CE do Parlamento Europeu; Relatório A5-0270/2001 do Parlamento Europeu).

 

 

Comunicado: Relatório sobre Homofobia e Transfobia nas Escolas em Portugal

Comunicado: Relatório sobre Homofobia e Transfobia nas Escolas em Portugal
Lisboa, 28 de Setembro de 2006

A rede ex aequo – associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais,
transgéneros e simpatizantes enviou hoje o Relatório Anual de 2006 do
seu Observatório de Educação LGBT à Ministra da Educação, dia em que a
associação participou no Fórum da Educação para a Cidadania,
iniciativa do próprio Ministério da Educação e da Presidência de
Conselho de Ministros para o qual foi convidada.

O Observatório de Educação LGBT foi lançado em Fevereiro deste ano,
porque a associação está consciente que ocorrem muitas situações de
homofobia e transfobia nas escolas em Portugal e que, por esse motivo,
a escola ainda não é um espaço seguro para muitos jovens homossexuais,
bissexuais e/ou transgéneros, ou percepcionados como tal. Esta
situação leva não só a situações de baixa auto-estima, isolamento,
depressões e ideação e tentativas de suicídio, assim como ao insucesso
e abandono escolar de muitos jovens LGBT.

Com um formulário online, especialmente desenhado para o efeito, a
rede ex aequo deseja dar voz e reportar todas as situações de
discriminação, de qualquer cariz, respeitantes ao tema da orientação
sexual e da identidade de género que tenham ocorrido em
estabelecimentos escolares em Portugal, inclusive também as
ocorrências de veiculação de informação incorrecta, preconceituosa e
atentatória dos direitos humanos e da dignidade das pessoas lésbicas,
gays, bissexuais e transgénero, no espaço escolar.

O Relatório de 2006 apresenta os resultados de 20 formulários a
reportar casos de homofobia e transfobia, recebidos entre Fevereiro e
Setembro de 2006, de jovens dos 16 aos 28 anos, na sua maioria alunos,
mas também professores e funcionários. Ressalta de forma extremamente
significativa que nenhum dos jovens que preencheram o questionário do
Observatório de Educação formalizaram qualquer tipo de queixa dos
actos de agressão e discriminação sofridos ou assistidos, às entidades
competentes, e que muitos apresentam como razão o receio de
retaliações e mais perseguições. A partir dos dados fornecidos pelos
participantes, a conclusão do relatório frisa a existência de
discriminação nas escolas, alerta para os resultados desta no
desenvolvimento e bem-estar dos jovens que a sofrem e apela para que
estes temas sejam claramente incluídos nos planos curriculares,
nomeadamente da educação para os direitos humanos, para a cidadania e
para a saúde, assim como para a formação dos professores e outros
agentes educativos de modo a que saibam lidar e falar correctamente
sobre estas temáticas. A publicação online do relatório pode ser
consultada em http://www.ex-aequo.web.pt/arquivo/observatorio/OE2006.pdf.

Os resultados deste relatório são coerentes com os apresentados no
relatório A Exclusão Social da Juventude LGBT na Europa da IGLYO/ILGA
Europa, apresentado a 13 de Setembro ao Parlamento Europeu, estudo
para o qual a rede ex aequo, assim como muitos dos seus membros e
associados contribuiram. Para além da referência de testemunhos de
jovens de vários países, inclusive de vários jovens LGBT portugueses,
tanto do sexo masculino como do sexo feminino, o estudo chega à
conclusão, com base em mais de 700 questionários respondidos por
jovens de 37 países europeus, que os jovens LGBT na Europa enfrentam
níveis muito elevados de discriminação e preconceito no seu dia-a-dia:
61,2% enfrentam discriminação na escola, 51,2% na vida familiar e
29,8% no seu círculo de amigos. O relatório demonstra claramente que a
discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género
dificulta a inclusão social da juventude LGBT. Este relatório pode ser
consultado em http://www.iglyo.com/content/files/2006-Report-SocialExclusion.pdf.

A rede ex aequo apela para que sejam tomadas medidas pelo Ministério
da Educação e outros orgãos competentes para que a segurança e o bem
estar da juventude LGBT seja garantida, nomeadamento no espaço
escolar, mas não só. A rede ex aequo, através do seu Projecto Educação
LGBT, tem disponíveis materiais, tais como brochuras informativas e
educativas, para alunos e para professores, para a promoção de uma
educação para a cidadania e para os direitos humanos nestas temáticas,
assim como uma equipa preparada para fazer sessões com alunos, pais,
professores e funcionários da escola. Porém, esta preocupação não pode
ser só de um grupo de pessoas, mas de todo os agentes educativos e
deve, consequentemente, ser espelhada nas políticas educativas, na
formação de professores e nos planos curriculares.

A homofobia e a transfobia, sendo a população LGBT em Portugal
estimada em 10%, é algo que afecta demasiados jovens LGBT, ou
percepcionados como tal, e põe em questão o bem-estar de uma parte
demasiado significativa da população em Portugal. Os índices
largamente superiores demonstrados pela juventude LGBT, em relação aos
seus pares heterossexuais, de baixa auto-estima, depressão, isolamento
e ideação e tentativa de suicídio, insucesso e abandono escolar,
consequentes da discriminação, apresentados em estudos feitos por todo
o mundo não podem ser ignorados e demonstram as consequências da
ausência de uma educação para o respeito e para a promoção da
dignidade das pessoas LGBT nos currículos, nas salas de aula, no
espaço escolar, em geral. Ao ignorar estes problemas estamos a pôr
também em questão o próprio desenvolvimento do país e a promoção de
uma cidadania plena para todos.

--
rede ex aequo
associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes

Website: http://ex-aequo.web.pt
Email: rede@ex-aequo.web.pt
Fórum: http://ex-aequo.web.pt/forum
IRC (PTNet): #ex-aequo

Rua S. Lázaro 88,
1150-333 Lisboa
Portugal

Telefone: (+351) 96 878 18 41

quinta-feira, setembro 28, 2006

Ciclo 'A Tempestade e o Copo d'Água'


A Tempestade e o Copo d'Água:
Sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Organização: Miguel Vale de Almeida / Almedina

Uma "tempestade" começou a varrer as democracias liberais: a exigência do direito à igualdade no acesso ao casamento civil por parte de casais do mesmo sexo mobiliza as energias e paixões políticas, cívicas, éticas, morais e estéticas. Para os defensores da alteração da lei, trata-se do último passo numa longa caminhada que tem como antecedentes as várias lutas pelos direitos civis; o acesso ao casamento participaria duma lógica simbólica inclusiva e legitimadora da homossexualidade do ponto de vista cultural. Para os detractores, a própria estrutura da sociedade seria posta em causa caso se aceitasse o alargamento deste direito. Paralelamente, posições há que advogam soluções intermédias; outras propõem nomes diferentes para a "coisa"; outras ainda preocupam-se sobretudo com a adopção e a parentalidade; e sectores do próprio movimento gay e lésbico consideram o casamento uma reivindicação integracionista e pouco radical.

Depois das mudanças legislativas em Espanha, Portugal encontra-se numa situação expectante. Nem as posições dos diferentes partidos, nem iniciativas como a petição pela alteração da lei ou a recusa do direito a casar no que ficou conhecido como o "caso Teresa e Lena", indicam um só caminho ou permitem antever o que acontecerá. Os sectores mais tíbios, segundo uns, ou cautelosos, segundo outros, apelam normalmente a um "debate alargado na sociedade". Esta iniciativa pretende ajudar a isso mesmo, convocando os saberes da Sociologia, do Direito e da Antropologia para um debate fundamentado sobre os contornos sociais, legais e culturais da "Tempestade" que agita o "Copo d'Água". Será uma gota. Mas uma gota, como se sabe do provérbio, pode fazer uma grande diferença.

Miguel Vale de Almeida

Da viabilidade jurídica do casamento entre pessoas do mesmo sexo
Carlos Pamplona Côrte-Real
Teresa Pizarro Beleza
20 de Outubro, 19:00h

O casamento não pode ou deve ser visto como instituto especificamente heterossexual, mas sim como instrumento do direito ao desenvolvimento, coerente e inerente, da personalidade de cada parceiro, e no respeito pelo direito à reserva da intimidade da vida privada (...). Deste modo, não se estará a tratar de forma igual situações subjacentes desiguais. Bem pelo contrário...
Questões antropológicas relacionadas com o casamento entre pessoas do mesmo sexo
Miguel Vale de Almeida
30 de Novembro, 19:00h

Dos Na da China aos Gay de Lisboa: O que a antropologia diz e não diz sobre o casamento como relação e instituição (ou uma estória de sexo, amor, parentes e crianças)

Da União ao Casamento – uma perspectiva sociológica sobre activismo LGBT em Portugal
Ana Cristina Santos
15 de Dezembro, 19:00h
Tendo por pano de fundo as lutas pelo reconhecimento de modelos familiares entre pessoas do mesmo sexo, esta intervenção visa reflectir sobre a acção colectiva que, em Portugal, assume como sua a bandeira dos direitos sexuais enquanto direitos humanos.

sexta-feira, setembro 01, 2006

10º Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa

De 15 a 24 de Setembro de 2006

Tema:10 Anos de luta pela visibilidade da cultura LGBT
10 Anos de luta contra a homofobia

O FCGLL programou 114 filmes para a sua 10ª edição!

30 Longas-Metragens – 10 em competição
34 Documentários – 18 em competição
50 Curtas-Metragens – 36 em competição

Mais informações em http://www.lisbonfilmfest.org/