Chic vs Choc
Há que dizê-lo sem delongas ou falsos paternalismos: Braga resiste. Numa cidade que muitos consideram chic ou, muito actualmente, in, Braga escapa à simples atitude de celebrar aquilo que de novo e melhor se faz e que indubitável e exclusivamente, atrevo-me a dizer, mudará as mentalidades que alguns julgavam mudadas.
É talvez importante registar a origem da classificação do chic bracarence. Este está inscrito naquilo que poderíamos chamar de beto look, ou para aquele menos familiarizados com as tretas inglesas – pólos, calças de pinças (para os mais radicais do estilo), em tons gerais de azul marinho e beije e/ou creme (pressuponho que depende de onde venha a luz solar nestas diferenciações hip(er) importantes) e sapatos de veleiro/vela (aqui também deve depender do barco que se pilota). Basta dar uma volta não muito longa, diga-se, pela Universidade do Minho para se ver em toda a sua grandeza o andar para trás e para a frente deste estilo que ameaça “dominar” (se é que já não o faz) a catwalk bracarense. Mesmo depois das mais recentes propostas dos nossos designers nacionais, há aqueles que insistem em afunilar e monopolizar o estilo bracaro augusto. Numa cidade onde começam a aparecer espaços culturais com estreitíssimas ligações ao mundo da pintura, da moda, da música e da cultura portuguesa em geral, só posso registar com alguma pena a adesão em massa dos habitantes desta cidade a um estilo e a uma atitude (sim, é verdade, por detrás daquele roupinha está uma atitude…) que forçosamente tem o seu lugar de ser e por isso mesmo de ser respeitado. Todavia, o necessário respeito não dá direito ao desnecessário desrespeito como muitas vezes acaba por acontecer.
Tudo isto para dizer que Braga resiste. Resiste nas lojas que apostam em produtos novos e inovadores, será talvez melhor acrescentar. Resiste nos escaparates das livrarias/papelarias, aonde falta muita coisa (experimentem pedir a Revista Egoísta/Homme Arena+ e a Caras ao mesmo a ver o que acontece!). Resiste nos espaços públicos onde o olhar rasgado e acutilante ainda permanece. Resiste nas ideias e nas mentalidades que ainda não aprenderam a aceitar (aceitar – já repararam como facilmente incorporamos o ‘vocabulário’ dos que nos apontam o dedo…) algo que desde há muito faz parte da cidade e contribui para a sua modernidade, actualidade, e, se não estiver
muito enganado, salvação – todos nós.
PoEta +
É talvez importante registar a origem da classificação do chic bracarence. Este está inscrito naquilo que poderíamos chamar de beto look, ou para aquele menos familiarizados com as tretas inglesas – pólos, calças de pinças (para os mais radicais do estilo), em tons gerais de azul marinho e beije e/ou creme (pressuponho que depende de onde venha a luz solar nestas diferenciações hip(er) importantes) e sapatos de veleiro/vela (aqui também deve depender do barco que se pilota). Basta dar uma volta não muito longa, diga-se, pela Universidade do Minho para se ver em toda a sua grandeza o andar para trás e para a frente deste estilo que ameaça “dominar” (se é que já não o faz) a catwalk bracarense. Mesmo depois das mais recentes propostas dos nossos designers nacionais, há aqueles que insistem em afunilar e monopolizar o estilo bracaro augusto. Numa cidade onde começam a aparecer espaços culturais com estreitíssimas ligações ao mundo da pintura, da moda, da música e da cultura portuguesa em geral, só posso registar com alguma pena a adesão em massa dos habitantes desta cidade a um estilo e a uma atitude (sim, é verdade, por detrás daquele roupinha está uma atitude…) que forçosamente tem o seu lugar de ser e por isso mesmo de ser respeitado. Todavia, o necessário respeito não dá direito ao desnecessário desrespeito como muitas vezes acaba por acontecer.
Tudo isto para dizer que Braga resiste. Resiste nas lojas que apostam em produtos novos e inovadores, será talvez melhor acrescentar. Resiste nos escaparates das livrarias/papelarias, aonde falta muita coisa (experimentem pedir a Revista Egoísta/Homme Arena+ e a Caras ao mesmo a ver o que acontece!). Resiste nos espaços públicos onde o olhar rasgado e acutilante ainda permanece. Resiste nas ideias e nas mentalidades que ainda não aprenderam a aceitar (aceitar – já repararam como facilmente incorporamos o ‘vocabulário’ dos que nos apontam o dedo…) algo que desde há muito faz parte da cidade e contribui para a sua modernidade, actualidade, e, se não estiver
muito enganado, salvação – todos nós.
PoEta +
2 Comments:
Confirmo, na minha opinião, a onda fashion bracarense caminha a passos largos para uma avalanche. Onde está a alternativa? :-/
A alternativa está nas riscas!!!
Heheeeeeeeeeeee... -just kidding, amores míos!
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